quarta-feira, 14 de agosto de 2013

As invasões das casas legislativas e o precedente das ruas

Não me sinto vingado, na verdade esse sentimento não pode nem deve fazer parte do meu dia,  no entanto alguma coisa perto disso é o que sinto agora. A onda de protestos que varreu esse país foi um marco para mim, não porque acordei de alguma coisa, mas sim porque mostrou como o desrespeito aos outros por uma "causa justa" foi facilmente assimilado por todos como uma coisa normal e não estou me referindo as famosas "minorias baderneiras", conceito esse que desconheço. Estou falando da invasão de vias públicas e da tentativa de invasão do congresso. Ambos exaltados pela imprensa como uma coisa linda! É impressionante!

Possuímos meios previstos em lei de expressar nossos protestos e nossas reivindicações, mas parar uma rua por isso é uma invasão de espaços compartilhados, algo parecido com um condômino fechar o estacionamento do prédio porque a construtora não fez a reforma que ele queria no seu apartamento. No nosso país esquerdista, eventos como esse já acontecem faz tempo(MST, Índios e etc.), mas no formato atual ele ficou incontrolável e as invasões das câmaras legislativas é o exemplo perfeito do que poderia acontecer caso as invasões não fossem impedidas rapidamente. Temo inclusive que ainda não vimos o pior dos desdobramentos, a tentativa de invasão do Hospital PRIVADO Sírio-Libanês me vem a mente, o que demonstra que a coisa já está completamente fora do controle

Pergunta recorrente: "Mas se não parar as ruas como os outros vão saber de MINHAS reivindicações?" Simples, proteste em praças e pressione os vereadores e deputados para que isso seja exposto a todos e caso isso não seja suficiente, vote em outro deputado e acabou por aí. Qualquer evento que passe disso, está admitindo que a nossa democracia é falha e se isso for verdade(Eu inclusive acho isso!) que se mude as leis para que melhore o poder representativo.

É um absurdo o governo negociar com pessoas que invadem espaços públicos, sejam ruas ou qualquer outra coisa. Quer protestar? Proteste ordeiramente, sem impedir que os outros cidadãos possam seguir a sua vida no máximo da normalidade. Se alguém reclama que chegou tarde em algum lugar e diz que teve um protesto que parou uma rua, o pensamento que me vem a cabeça é: Eu bem que avisei! Ou paramos para racionalizar a questão sem paixões patrióticas imediatistas, ou o precedente aberto continuará valendo para justificar muita baderna.

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