quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A morte da ação voluntária

Você seria grato a uma pessoa que foi forçada a lhe dar um presente? Acredito que não, mas ainda assim é como todos gostam de pensar que o governo deve atuar, dando e distribuindo coisas que ele tomou forçadamente e o pior de tudo é que para muitos, esse mesmo governo, deve ser louvado pelo fato de distribuir dinheiro dos outros.

Mas o que isso tem a haver com a imposição de distribuir um presente? Fácil, se as pessoas que pagam impostos acham que o dinheiro delas deve ser para pagar escolas e hospitais para outras pessoas que não podem pagar, a solução é simples, que essas pessoas que possuem dinheiro, abram mão da sua própria renda e entreguem para os hospitais e escolas, dessa forma essas pessoas que voluntariamente deram seu dinheiro para essas instituições podem dormir tranquilos sabendo que fizeram uma ação muito honrada.

Mas é isso que pensamos quando pagamos impostos? Não, nunca foi e nunca será. Não pensamos nas crianças pobres que devemos estar alimentando quando pagamos impostos porque não foi minha decisão de distribuir dessa forma ou daquela forma, daí como disse Hayek em seu livro Caminhão da Servidão, não podemos nos considerar filantropos por simplesmente fazermos uma coisa que nos foi imposta, que não envolveu decisão pessoal. Eu posso não pagar impostos?

O que nos leva a pergunta inicial. Alguma pessoa que recebe um benefício estatal considera a possibilidade de agradecer a outros pelos impostos obrigatórios que são pagos? Claro que não. O que não entendo é como o governo pode receber louros por uma ação de imposição por meio de leis, uma vez que nós poderíamos fazer as mesmas doações caso não pagássemos os absurdos impostos.

Quando houve o aumento das leis trabalhistas das empregadas domésticas e vi uma foto de uma patroa e uma emprega rindo, ambas achando uma coisa boa, a única coisa que me veio a mente foi: E porque diabos a patroa não pagava antes os benefícios? O que impedia ela de fazer isso por livre e espontânea vontade?

A pior resposta para essa pergunta é a seguinte: "Se o governo não tomar o dinheiro, nós não daríamos." Um absurdo maior ainda, pois se nós não daríamos, então a situação passou a ser oficialmente de roubo segundo quaisquer padrões morais. Robin Hood, o herói das esquerdas, me vem a mente.

Em suma, lembro aos que se consideram cristãos que Deus nunca receberia uma oferta forçada, pois não é o valor que interessa e sim o abrir mão do seu esforço pessoal voluntário. Dito isto, como pode um cristão defender um sistema que faz exatamente o contrário do que a bíblia diz que deveria ser?

ps: Não me refiro a impostos que seriam para obras de infra-estrutura e convívio pacífico, mas principalmente a questões como serviços pessoais públicos, como escola, hospitais, "bolsas-tudo" e etc.

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