quinta-feira, 2 de outubro de 2014

A pobreza e a criação de empregos no Brasil


Querem saber porque o Brasil ainda tem tanta pobreza? A resposta é bastante simples e pode ser resumida em uma frase: Aversão ao empreendedorismo. No entanto apesar da resposta simples, as implicações dessa frase não são nem um pouco. 

Um dia destes um conhecido meu que tinha um pequeno mercado, estava pensando em desistir da empreitada e os motivos listados por ele eram os seguintes: A quantidade de tributos, a quantidade de pequenos roubos e a dificuldade de encontrar bons funcionários. O interessante é que todos os motivos listados tem um pensamento em comum que reflete o que a maioria dos brasileiros pensam ou pelo menos desejam pensar sobre a "classe" empresarial. Vejamos uma pequena explanação sobre cada um deles. 


Motivo 1: A carga tributária brasileira é altíssima e se não bastasse esse fato apenas, ainda tem a questão da burocracia. São diversos papéis, cartórios, fiscais e etc que sugam muito o tempo do empresário, fazendo com que muitos fiquem na informalidade mesmo. 

O que está por trás disso é um estado que assumiu para si muitas responsabilidades e por causa disso alega precisar dessa alta carga tributária. Essas responsabilidades assumidas, como todos objetivos socialistas, visavam garantir o "acesso" das classes mais pobres aos serviços básicos como saúde e educação. Na prática isso nunca funcionou, mas a fé nos políticos do Brasil não acaba nunca. Sempre o próximo será aquele que vai resolver os problemas de um modelo que nunca funcionará bem.


Motivo 2: Devido a ampla divulgação do pensamento marxista e da alardeada guerra de classes, o velho mito do jogo de soma zero( onde para Fulano ganhar, Cicrano teve que perder) fomenta um certo ódio e raiva de empresários. Muitas pessoas já internalizaram que pequenos roubos são aceitáveis afinal o dono do mercado tem "dinheiro" e de certa forma tem que receber a penalidade de ter mais do que os outros. 


Esse motivo está atrelado a impunidade mas mesmo assim, acredito que muitas pessoas de todos níveis sociais pensam um pouco dessa forma, afinal pequenos mercados nunca terão uma segurança muito grande.


Motivo 3: As leis trabalhistas brasileiras sempre foram consideradas uma "conquista do trabalhador". O que na verdade essas leis fizeram foi gerar um grande mercado informal junto com desemprego, engessando quaisquer negociação salarial e obrigando o empregador a fazer uma escolha péssima para os dois lados, que é contratar uma pessoa que não vale o salário mínimo ou demitir esse funcionário e assumir mais trabalho para si. Já se perguntaram porque existem tão poucos embaladores de compras nos supermercados? 


Um outro fator que é tão ruim quanto esse é a atuação dos sindicatos. Além da obrigação de ter um sindicato oficial, o ganha pão desses sindicalistas é colocar na cabeça dos empregados que o "patrão" é ruim e deseja "explorar" o empregado. Esse tipo de pensamento gera um empregado que mais parece buscar mil e uma formas para processar o empregador. No Brasil parece que não é o empregado que é grato ao empregador pelo trabalho e sim o inverso. 


Conclusão

Vejam então como todos esse motivos atrapalham a geração de emprego, principalmente aqueles empregos de baixa qualificação. Vale ressaltar que nenhum trabalho é obrigatoriamente o último e esses empregos que acabam não sendo criados, impedem que muitas pessoas entrem no mercado e daí busquem condições melhores de salário. 

Por trás de tudo isso está o velho pensamento de esquerda, origem de quase todas as ideias que influenciam os brasileiros e os políticos do Brasil. Precisamos acabar com isso de um vez por todas e se esse país fosse mais amigável ao empreendedorismo, veríamos uma diminuição muito acentuada da pobreza.